O melhor programa de humor da tevê brasileira foi cooptado pela direita reacionária que infesta a linha editorial da Rede Bandeirantes. A edição do programa da última segunda feira, dia 05/10/2009, se posicionou claramente em consonância com a editoria política ao abordar o tema Honduras. A matéria do muito bom Rafinha Bastos, começa encabeçada (desculpe o trocadilho, não pude resistir) pelo adulador e mestre de (sem?) cerimonias Marcelo Tas (trás?). Este se refere ao fato do Brasil ter recebido em sua embaixada o presidente legítimo e derrubado por gorilas golpistas, Manuel Zelaya, como uma "trapalhada", desconsiderando todo o reconhecimento dado à diplomacia brasileira pela comunidade internacional, pela OEA (Organização dos Estados Americanos), pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pela mídia responsável internacional. O que veio a seguir, protagonizado pelo gaúcho, que muitas vezes tem me envergonhado neste programa, Rafinha Bastos foi um festival de asneiras e bobagens que só se justificam pelo fato de ser um programa humorístico sem maiores pretensões jornalísticas. A continuar assim, a equipe do CQC brasileiro pode, sem dúvida alguma, substituir com vantagens a envelhecida bancada de outro programa desta emissora, chamado Canal Livre, que é um programa de cunho jornalístico, mas que na maior parte das vezes mais se parece com um humorístico daqueles bem ruins.

Ontem o programa se pareceu mais com outra coisa em que moscas pousam do que o bom humorístico criado pelos hermanos.

CQC cuidado, Ciro Gomes vem aí.