quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Dia da Vergonha Farroupilha








Dia da Vergonha

Não sou daqueles que tem o irracional orgulho de ser gaúcho, mas não deixo de nutrir um sentimento telúrico pelo estado onde nasci e vivo. Sou natural de Porto Alegre e nunca morei ou lidei na zona rural. Pelos motivos acima expostos nunca trajei uma pilcha ou falei o "gauchês" pasteurizado, estilo "Galpão Crioulo da família Fagundes". Não consegui, até hoje entender qual é a vantagem de se usar bombacha numa cidade urbanóide como a capital gaúcha, mas tento respeitar quem faz a opção por empunhar a bandeira da tradição farroupilha. Na minha visão, no dia 20 de setembro os gaúchos deveriam meditar sobre os motivos que levaram tantas pessoas a se engajarem numa batalha que já se sabia perdida desde o início, face a precariedade de armas, homens e suprimentos e não comemorarem efusivamente, com desfiles e carros alegóricos.
Como disse anteriormente, tenho a obrigação de entender e respeitar os tradicionalistas, pois eles acreditam que o povo gaúcho foi temperado em uma forja diferente do resto do povo brasileiro, eu não. Pois bem, quero conclamar estes gaúchos orgulhosos a refletirem sobre qual o Estado em que querem viver. Se querem viver no mundo virtual de Madame Yeda ou se querem um Estado real em que o bem estar possa ser percebido no seu cotidiano. Na "matrix" do novo jeito de governar, vivemos ontem (20/10/2009), exatamente um mês após a data do orgulho farroupilha, o "Dia da Vergonha Farroupilha", patrocinada pela base aliada do governo.
O processo de "impeachment" proposto pelo Fórum dos Servidores contra a governadora e ré, pressupunha uma investigação prévia e votação do relatório desta investigação para então passarmos, ou não, efetivamente para o processo de impedimento da ré-tucana. Pois eis que a base aliada nos mostra, sem nenhum pudor, qual a democracia representativa a que eles servem, impedindo a população gaudéria de ver sua governadora sendo investigada e até inocentada. Sim, pois uma investigação sempre aponta para dois caminhos possíveis: culpa ou inocência.
O que a base yedista fez foi furtar (achei a palavra bem adequada) ao povo farrapo a possibilidade de investigar e poder decidir per si por qual dos caminhos trilha a senhora Yeda, se o da culpa ou da inocência.
Para encerrar, seguem os nomes dos ditos representantes do povo que corroboraram para a criação do "Dia da Vergonha Farroupilha", encerrado com o canto do Hino Riograndense por parte dos aliados da senhora governadora:

PMDB
Alberto Oliveira
Alceu Moreira
Álvaro Boessio
Edson Brum
Gilberto Capoani
Sandro Boka
PP
Adolfo Brito
Francisco Appio
Frederico Antunes
Jerônimo Goergen
João Fischer
Marco Peixoto
Pedro Westphalen
Silvana Covatti
PSDB
Adilson Troca
Coffy Rodrigues
Jorge Gobbi
Mauro Sparta
Nelson Marchezan Jr
Paulo Brum
Pedro Pereira
Zilá Breitenbach
PDT
Giovani Cherini
Kalil Sehbe
Paulo Azeredo
PTB
Abílio dos Santos
Aloísio Classmann
Iradir Pietroski
Luis Augusto Lara
PPS
Luciano Azevedo
PRB
Carlos Gomes

PLACAR DA VERGONHA:
Total SIM: 30
Total NÃO: 17
Total de Votos: 47

Amanhã postarei o nome daqueles parlamentares que honraram o mandato popular e tentaram, da maneira que lhes foi possível, fazer andar o processo legislativo de investigação da quadrilha que se apoderou do Palácio Piratini.
Por hoje, me resta fazer como o sujeito da foto...

Dados obtidos no site: http://www.al.rs.gov.br/

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