sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Futebol


Semana de Gre-Nal

Já faz tempo que quero escrever algo sobre o assunto, mas as notícias da política acabam sempre se sobressaindo, seja em nível estadual ou federal, é uma questão de prioridade.

Pois bem, voltemos ao futebol.

Acabei de assistir àquilo que a imprensa local chama de cobertura jornalística sobre o grenal, tanto na Record/Guaíba (Esporte Record-Luís Carlos Rech), quanto na Globo/RBS (Bom dia RS-Jader Rocha). Não posso afirmar que houve uma pauta combinada, mas a tônica é a mesma: criticar os treinamentos fechados à imprensa e que a própria tratou de denominar como "treinamento secreto". Ora bolas, o clube (qualquer um) tem todo o direito de fechar seus treinamentos à imprensa, assim como tem todo o direito de reservar datas e horários específicos para que seus atletas dêem entrevistas e cabe aos profissionais de imprensa entender e aceitar e não se esconderem atrás de uma "procuração" não outorgada pelos torcedores, para destilar seu rancor em relação ás restrições impostas pelas direções dos clubes de futebol. Já repararam como os "setoristas" se escondem atrás do torcedor para não se indisporem com os clubes?

Vemos na cobertura midiática do futebol o que já ocorre com a cobertura política: tendenciosidade, parcialidade e jogo de interesses.
Talvez a mídia futebolística ainda não tenha entendido que é ela que precisa do futebol para sobreviver e não o contrário. Vamos imaginar que as reuniões de pauta dos programas esportivos seja o equivalente aos treinamentos e nos perguntar porque estas reuniões não são abertas ao público? Provavelmente a platéia seria muito reduzida, mas com certeza os clubes não enviariam ninguém para assistir. Entenderam agora? Quem precisa de quem?

Também a mídia futebolística ainda não entendeu que a promoção descarada que faz de alguns jogadores, talvez por interesse dos empresários intermediários (chamados de agentes pela FIFA), não engana mais ninguém e já saturou. Vide os casos Mityuie e Douglas Costa (Grêmio) e Taison (Inter) que são jogadores medianos e que são tratados como verdadeiras jóias pela cobertura midática futebolística. Nem vou entrar no mérito da questão Ronaldo "Fofômeno", por que este já é um caso de total desrespeito pela audiência, tamanha saturação e super exposição.

Ainda bem que tenho a liberdade de usar o controle remoto ao meu bel prazer e quando os"Rechs", "Jaders" e "Saraivas" da vida me cansam, desligo a TV e vou ler.

Não conheço ninguém que tenha decidido sua paixão clubística por influência da imprensa esportiva. Será que eles são tão importantes quanto se julgam ser?


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