segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A gripe "suína" e a falta de vergonha


Grandes estudiosos tupiniquins do mercado mundial de "commodities" e criativos profissionais do marketing verde e amarelo deveriam cobrar a conta da grande (?) mídia nacional.

Vejamos. A chamada (por ela mesma) de grande mídia teima em ter mais razão que a OMS (Organização Mundial da Saúde) e insiste em chamar a "Influenza tipo A (H1N1)" de "gripe Suína".
É de conhecimento público que temos, em nosso País, uma enorme massa de trabalhadores, empresários e consumidores que ou produzem ou consomem diversos tipos de produtos de origem suína.
Também deve ser de conhecimento de todos, produtores e empresários, que cada vez que a chamada (por ela mesma) de grande mídia, reporta a sinistra contagem de vítimas mortas pela "gripe suína", menos consumidores tendem a comprar produtos de origem suína, o que leva a redução do consumo, por medo e desinformação, e a consequente defasagem no preço, pois a carne suína não se trata de um bem de Giffen.

Agora vem a segunda parte da chamada do título. Refiro-me a falta de vergonha, ou seria de criatividade, dos marqueteiros e empresários de plantão.
Por qual motivo a Sadia, por exemplo, continua a investir milhões de reais em publicidade e sustentar a chamada (por ela mesma) de grande mídia, se o que a chamada (por ela mesma) de grande mídia só faz reduzir o consumo de produtos de origem suína cada vez que se refere à "gripe Suína"?

Vamos raciocinar de uma outra maneira.

Imaginemos que um produtor de matrizes avícolas resolva manter algumas raposas para cuidar de seus aviários. O que teríamos então? Raposas se alimentando das próprias matrizes avícolas, reduzindo a oferta e a lucratividade gerada pelas matrizes.
É exatamente o que ocorre com a imensa verba dispendida em publicidade por empresários e produtores da cadeia suinocultora.

E eu continuo sem entender por que investir dinheiro (e muito) em quem ajuda a vender menos e ainda por cima falta com a verdade?

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